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terça-feira, 20 de novembro de 2007

Arte Poética - Aristóteles: NOTAS

1. Sófron de Siracusa (primeira metade do século V) criou o gênero que se chamava mímica, no qual se
tentava apresentar uma imitação perfeita da vida.
2. Xenarco era poeta cômico. Não se conhece em que época viveu.
3. Empédocles de Agrigento foi um filósofo do século V.
4. Querémon foi poeta trágico. Viveu no século IV A.C. Diz-se dele que era conhecido como poeta
cômico porque introduziu cenas engraçadas em suas peças. Alguns fragmentos de tragédias escritas por
Querémon chegaram até nós, entre eles: Aquiles, Tersites, Dioniso, Tiestes, Ulisses, Centauros. Parece
que, assim como Homero, cantava os heróis da Guerra de Tróia – a julgar pelos títulos das peças. Na Arte
Retórica, Aristóteles o elogia por ser bom logógrafo, e fala do prazer que se sentia ao ler suas peças.
5. Ditirambo era poesia coral para honrar Dionísio. Segundo o dicionário Aurélio: [Do gr. dithyrambos,
pelo lat. dithyrambu] S.m. 1. Teat. e Mús. Nas origens do teatro grego, canto coral de caráter apaixonado
(alegre ou sombrio), constituído de uma parte narrativa, recitada pelo cantor principal, ou corifeu, e de
outra propriamente coral, executada por personagens vestidos de faunos e sátiros, considerados
companheiros do deus Dionísio, em honra do qual se prestava essa homenagem ritualística. 2. P. ext.
Composição lírica que exprime entusiasmo ou delírio. ................... Parece que Árion (séc. VII A.C.)
compôs os primeiros ditirambos para o teatro. Segundo Aristóteles, o ditirambo (coro cíclico
acompanhado pela dança, mímica apaixonada, música de flautas, talvez uma narrativa épica) deu origem
à tragédia ática, quando Árion organizou o verdadeiro carnaval das comemorações dionisíacas,
introduzindo um coro cíclico de cinqüenta personagens, que dançava e, decerto, fazia uma narrativa em
celebração ao deus. Os primeiros ditirambos foram transplantados da Ásia Menor para a Grécia. A raiz
da palavra Dionísio é trácia: nisos — filho. Infere-se que o ditirambo deve ter penetrado na Grécia
acompanhando o culto desse deus.
6. Terpandro, poeta lírico dórico— originário duma ilha de Lesbos chamada Antissa— (talvez primeira
metade do século VII A.C.), foi autor de composições musicais em que o canto era acompanhado por
cítara. Era um tipo de canto religioso hierático, escrito em hexâmetros dactílicos, que se chamava nomo.
Diz-se que esta foi a primeira associação feita entre a poesia e a música.
7. Polignoto de Tasos (séc. V A.C.), foi pintor ateniense afamado. Pintou "O saque de Tróia" no pórtico
(Lesque) Cnídio de Delfos, decorou o Pécile de Atenas.
8. Páuson foi contemporâneo de Aristófanes, que zombou do primeiro na Acarnenses.
9. Dionísio de Colofônia. A história grega registra bastante informação a seu respeito.
10. Cleofonte de Atenas (séc. V. A.C.) foi poeta trágico.
11. Hegémon de Tasso era poeta cômico, especialista em paródias. Viveu no século V A.C.
12. Nicócares foi poeta cômico. Viveu no século IV A.C.
13. Timóteo de Mileto foi poeta lírico e músico. Sabe-se que nasceu em 446 A.C., falecendo em 356
A.C. Era cortesão na Macedônia, pertencendo ao séquito do rei Arquelau. Chegaram até nós alguns
fragmentos de suas obras.
14. Filóxeno de Citera foi autor dramático e lírico (439 A.C. a 380 A.C.). Fixou-se em Siracuso, na corte
de Dionísio. O Velho.
15. Sófocles era de Colono, um demo da Ática. Nasceu em 495 A.C., morreu em 406 A.C. De todo o seu
trabalho, chegaram até nós sete tragédias e fragmentos de várias outras, além de fragmentos de um drama
satírico.
16. Aristófanes de Atenas, foi poeta cômico. Escreveu 44 comédias, das quais conhecemos 11 apenas, e
fragmentos de algumas outras. Viveu entre 427 A.C. e 388 A.C.
17. Epicarmo da Sicília, filósofo e poeta cômico, viveu em fins do século VI A.C. e na primeira metade
do século V A.C. Segundo a tradição, o inventor da comédia foi Susarião (século VI A.C.), de Mégara.
Entretanto Aristóteles considera que Formis de Siracusa e Epicarmo foram os criadores da comédia.
18. Crônidas de Atenas foi poeta cômico (séc. V A.C.), foi quem deu forma artística ao turanismo de
Mégara.
19. Magnete de Icária, poeta cômico que viveu em cerca de 400 A.C. Diz-se que foi o primeiro a receber
um prêmio com uma comédia.
20. Margites ou Louco enfatuado de si mesmo, poema satírico que Aristóteles atribui a Homero,
perdeu-se. Aristóteles vê nele a origem da comédia, e na Ilíada e na Odisséia a origem da tragédia.
21. Os cantos fálicos eram farsas mimadas, bastante indecentes, celebradas em cidades como Sicíone.
Eram executados por cantores chamados falóforos, aos gritos de que sua cantoria não era para as virgens.
22. O arconte-rei era o máximo pontífice religioso. Ficava a seu encargo a organização das
representações dramáticas, pois eram um culto público a Dionísio. O arconte escolhia três poetas, dentre
todos os concorrentes, para terem suas obras representadas. O coro era concessão do arconte, e ao ser
autorizado significava uma espécie de aval para encenar o espetáculo, à custa de um cidadão designado
para servir de corego.
23. Epicarmo era de Cós. Viveu entre 540 A.C. e 452 A.C. Sua infância e juventude, passou-as em
Mégara, na Sicília, que era colônia dória. Quando se tornou poeta, foi viver sob a proteção de Gelão e de
Hierão I, tiranos irmãos que admiravam e protegiam os artistas. Epicarmo gostava de criticar os costumes
bárbaros do povo siciliano e sua tendência para a gula, e seu objetivo como escritor era claramente
moralizante.
24. Assim como Epicarmo, também Fórmis (séc. V A.C.) viveu nas cortes de Gelão e Hierão I. Suidas
(séc. X D.C.) afirma serem dele algumas tragédias, cujos títulos cita. Aristóteles considera Fórmis um
dos criadores da comédia.
25. Crates de Atenas (sabe-se que faleceu em 424 A.C.), era especialista em criação de tipos
característicos, como o Ébrio.
26. Melopéia era a parte da arte musical que se referia à composição melódica, subordinando a música à
poesia. Pouco chegou até nós, referente à melopéia. Era uma seqüência de sons musicias dispostos de
forma a provocar uma emoção estética harmoniosa, tornando-se, por isso, agradável.
27. Zêuxis de Ericléia viveu em Atenas no final do século V. A.C. Pintava figuras de crianças e mulheres
mitológicas.
28. Apenas alguns fragmentos e nomes de personagens chegaram até nós destes poemas cíclicos. Eram
conhecidos entre os séculos VII A.C. e V A.C.. Os personagens principais eram Heracles, herói dório, e
Teseu, o herói ateniense. Eram coletâneas de poemas, escritas por vários poetas conhecidos, entre os
quais sabe-se que estavam incluídos Pisandro de Rodes (séc. VII A.C.), Paníase de Samos (séc. V. A.C.),
Baquídiles de Ceos (sécs. VI A.C. e V A.C.)
29. Esse ponto é bastante discutido, porque a Odisséia contém a parte em que Ulisses é ferido na perna
por um javali, no monte Parnaso, sendo posteriormente reconhecido por sua ama Euricléia, que o
identifica justo ao observar a ferida. Por alguma razão— esquecimento, ou porque a edição de que
dispunha não trazia esta cena—, Aristóteles diz que ela não fora mencionada por Homero. Assim
também, quanto à loucura fingida por Ulisses, que Aristóteles menciona também não estar presente na
Odisséia, a informação é errônea.
30. Refere-se a Herodoto de Helicarnasso, hostoriador das guerras médias (séc. V A.C.).
31. Alcibíades (séc. V. A.C.), ficou famoso por ser belo e leviano, causando sérios problemas à sua
pátria.
32. A tragédia de Agatão perdeu-se. O autor foi poeta de renome, pois obteve a vitória de 416 A.C. com
sua primeira peça. Agatão fez críticas ao estilo usado por Agatão nas Tesmofórias. Parece que Platão não
gostava do poeta, pois erle aparece no Banquete fazendo um discurso medíocre.
33. Uma das oito tragédias de Sófocles que não chegaram até nós.
34. Tragédia de Teodectes de Fasélis (sec. IV A.C). Linceu era um dos filhos de Egito. Casado com
Hipermnestra, sua prima, uma das cinqüenta danaides, foi poupado pela esposa, quando o pai delas
mandou que todas as suas filhas matassem os homens com quem tinham casado. Linceu foi sucessor de
seu tio e sogro Dânao, morto pelos argivos em lugar do próprio Linceu.
35. Aristóteles refere-se à Electra de Sófocles. Na peça, Electra já é conhecida por Orestes, antes de o
reconhecer.
36. Trata-se da Ifigênia em Tauris, peça de Eurípides representada em 410 A.C.
37. commoz: lamentação, ação de bater no peito; diálogo lírico entre o coro e alguns personagens em
cena, às vezes em versos líricos, outras em versos iâmbicos mesclados aos líricos, em estrofes que iam se
sucedendo livremente.
38. Alcméon era filho do adivinho Anfilau. Matou sua mãe, Erífila, por ter ela forçado o marido a ir
cercar Tebas, sabendo que a missão era suicida. Mais tarde Alcméon, após abandonar a esposa Alfesibéia
para se casar com Calirroe, morreu degolado pelos irmãos de Alfesibéia. Astidamante (poeta que viveu nos séculos V e IV A.C) sobre Alcméon.
39. Meleagro tomou parte na expedição dos Argonautas e matou, em seguida, ojavali de Cálidon.
Também matou os dois irmãos de sua mãe numa briga.desesperada, Em desespero, ela jogou no fogo a
tocha em que as Parcas haviam acorrentado o fio da vida de Meleagro. A tocha queima e Meleagro morre
com a combustão.
40. Télefo era rei da Mísia. Quando os troianos foram cercados, ele correu a ajudá-los. Nas margens do
rio Caíco, foi ferido por Aquiles. Usando a ferrugem da lança de Aquiles, Ulisses curou-o, fazendo que
Télefo, por gratidão, se tornasse aliado dos gregos. Havia uma tragédia a respeito desta lenda,
denominada Mísios, hoje perdida. Também Eurípides e Agatão escreveram tragédias, perdidas,
denominadas Télefo.
41. Aristóteles censura os críticos do que seriam alguns defeitos das peças de Eurípides, em função das
regras então codificadas sobre o teatro grego – como a repetição dos mesmos efeitos e meios, intrigas
inverossímeis, etc.
42. Egisto aparece nas peças em que Clitemnestra é personagem. No Ajax de Sófocles, porém, Teucro,
Menelau e Agamenon saem reconciliados pela intervenção de Ulisses.
43. Clitemnestra era filha de Tíndaro e de Leda. Seus irmãos eram Castor e Pólux, e a Helena que, na
fábula de Homero, motivou a Guerra de Tróia. Seu marido Agamemnon, ao retornar de Tróia, foi
assassinado por ela epor Egisto, que era amante de Clitemnestra. Os filhos famosos de Clitemnestra,
Orestes, Ifigênia e Electra, planejam matar a mãe. Ifigênia exclui-se do drama. Orestes, sempre incitado
por Electra, mata sua mãe Clitemnestra e o amante desta, Egisto.
44. Alcméon era filho de Erífila.
45. Telégono, filho de Ulisses e de Circe ou de Calipso, tentou devastar a ilha de Itaca, aonde fora
lançado por uma tempestade. Ulisses o enfrenta e é morto pelo próprio filho, que não o reconheceu.
Sófocles escreveu uma tragédia (desaparecida) sobre o tema.
46. Antígona era filha de Édipo. É condenada à morte por Creonte, por ter sepultado seu irmão Polinice,
que o tirano Creonte considerava traidor da pátria. Hëmon, filho de Creonte, suicidou-se porque amava
Antígona, com quem ia casar-se. Também a esposa de Creonte se mata, e a injustiça é reparada com estas
mortes.
47. Mérope de Acádia, esposa de Cresfonte. Eurípides escreveu uma tragédia a respeito de sua história. O
marido de Mérope é assassinado por um tirano, que a desejava e tenta depois obrigá-la a casar com ele. O
terceiro filho de Mérope, criado em segredo pelo avô, mata o tirano antes que consiga realizar seu
intento.
48. Hele, filha de Atamante, rei de Orcômeno na Beócia, tem um irmão chamado Frixo. Os dois
nasceram do primeiro matrimônio de Atamante. A madrasta do casal de irmãos, Ino, os perseguia e Zeus,
para libertá-los, enviou um carneiro com velocino de ouro que os transportaria até a Anatólia. Hele caiu
no mar que ganhou seu nome, e Frixo chegou à Cólquida. Os maiores dramaturgos da Grécia usaram
essa história para compor tragédias, todas hoje perdidas.
49. Melanipo é personagem de uma tragédia de Eurípides, à qual deu o nome. Há um verso dessa
tragédia no Banquete de Platão. Eurípides compôs outras tragédias usando Melanipo, mas todas foram
destruídas.
50. Medéia é uma tragédia de Eurípides. Foi representada em 413 A.C.. Oartifício cênico a que
Aruistóteles se refere é o carro alado que Medéia recebe de presente do Sol, puxado por dois dragões.
51. Cárcino de Atenas, poeta trágico (século IV A.C.).
52. Coéforas é a segunda obra de uma trilogia escrita por Ésquilo (séc. VI/V A.C.). A primeira peça é
Agamenon, a segunda chama-se Oréstia e a terceira Eumênides.
53. Parece que este Políido é o mesmo Políido pintor, músico e poeta ditirâmbico que viveu no século IV
ou final do século V.
54. Teodectes de Fasélis foi poeta trágico e orador. Viveu no século IV A.C. Seus personagens agiam e
discursavam em tribunais.
55. As Fineidas dizem respeito aos filhos de Fineu, rei da Trácia, que deu ouvidos ao vitupério de sua
segunda esposa e mandou vazar os olhos dos filhos de seu primeiro matrimônio.
56. Autor desconhecido.
57. Adivinho célebre, viajou com os argonautas. Sua mulher, Erífila, seduzida pelo feitiço de um colar,
descobriu o esconderijo onde ele estava, pois não queria participar da guerra contra Tebas. Aclméon,
filho deles, apunhalou a própria mãe por vingança por haver esta descoberto o ardil de Anfiarau..
58. Ajax, filho de Télamon, suicidou-se após um acesso de loucura, provocado porque as armas de
Aquiles foram dadas a Ulisses. Após ter matado as reses do rebanho que pertencia ao exército, ele volta a
si e se mata. Há uma peça de Sófocles sobre o tema, onde o delírio de Ajax é provocado por uma deusa.
59. Íxion é punido, assim como Ajax, por seu excesso de orgulho. Zeus o leva para o Olimpo, onde Íxion
ousa apaixonar-se por Hera. Zeus o precipita no Tártaro, onde tem que mover uma roda em movimento
perpétuo. Ésquilo compôs uma peça a respeito deste mito.
60. Ftiótidas eram as mulheres da Ftia, pequena região onde Aquiles reinava. Sófocles escreveu uma
sobre respeito o tema.
61. Sófocles e Eurípides fizeram peças sobre a tragédia de Peleu.
62. Este capítulo, de pouca importância no que diz respeito à Teoria Aristotélica sobre a arte poética, está
cheio de lacunas no texto original.
63. A obra de Arífrades foi toda destruída e não se tem notícia alguma deste poeta como pessoa.
64. Existem controvérsias a respeito desta interpretação feita por Aristóteles. A historiografia siciliana
(Diodoro da Sicília, séc. I d. C) afirma que houve tratados entre Susa, Cartago e a Pérsia, e as expedições
não foram, em absoluto, uma coincidência.
65. Infelizmente, Os cantos cíprios, escritos em onze livros pelo poeta Estásino de Chipre (do ciclo
troiano), foram destruídos. Baseados n'Os cantos cíprios, outros poetas gregos construíram várias
histórias que se tornaram célebres. A pequena Ilíada foi escrita por Lesqueos de Lesbos. Era também um
trabalho importantíssimo. Os autores da lista de poemas mencionada por Aristóteles são: O juízo das
armas — Ésquilo; Ajax — Sófocles; Filocteto — Sófocles e Ésquilo; Neoptólemo está em Filocteto —
Sófocles; Eurípilo (restam fragmentos) — Sófocles; O mendigo, no Ulisses disfarçado, está na Odisséia;
Lacedemônias, Sínon — Sófocles; Troianas — Eurípides; Saque de Tróia — Iofon, filho de Sófocles.
66. Os Jogos Píticos eram celebrados em Delfos, em honra de Apolo, de quatro em quatro anos. Mas não
exitiam ainda, no tempo em que Electra viveu.
67. Xenófanes, filósofo eleata de Colofônia. Viveu na segunda metade do século VI A.C. e sua obra trata
de teologia, criticando bastante as crendices e o politeísmo populares. Para Xenófanes, Deus é uno,
eterno, imortal e espiritual.
68. Significa "a metade" ou "dois terços".

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