O pão amanhecido, no prato sobre a mesa, espera a mordida
O olhar faminto, entretanto, espia o bordado da toalha
colorida.
Os fios d’ouro contornando frutas e camponeses nada inspiram.
Deveras,
O homem acorda pra a vida e compromissos o cega.
O vapor da fervura e o cheiro do café se espalham
Incomoda a quem passa
Acorda as crianças
Embaça a vidraça e o espelho
Menos o homem que luta
Que mal suporta ao peso, a conduta
Suporta-se pra não dobrar-se de joelhos.
A roseira semínula, seminua, desbrochada
Já não tem céu, lua, estrelas... nada.
Teu sol é néscio, meteoro da madrugada
Vai-se o brilho, o dia, o perfume...
Da flor verdadeira ficam sombras
Rosas e roseira.
Leia poema de adeus em homenagem a Hebe Camargo:
http://agentebr.blogspot.com.br/2012/09/adeus-hebe.html